Família Souza

Família Souza
Nosso símbolo de infância

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O quintal da casa de Vó Lilia e Vô Amir

A casa dos meus avós sempre foi um mundo de fantasias!


Havia sempre galinhas ciscando quintal, cachorrinhos recém-nascidos, pássaros cantando até quase estourar e muitas, mas muitas árvores frutíferas.



Quando criança, lembro-me bem, toda tarde eu ia pra casa de vó brincar. Que tempo bom e cheio de imaginações! Os pés de manga viravam naves espaciais, castelo de princesa, salão de festas e até esconderijo dos piques - esconde.


Eu me divertia muito!


Era só juntar eu, Fabio, Alice e Luisa e não precisávamos de mais ninguém. Formávamos um quarteto que valia por um batalhão! E vô Amir que o diga! Cansou de correr atrás da gente, naquele imenso quintal, tentando nos dar um corretivo com sua régua de costura. Como aprontávamos e como nos divertíamos!


Lembro que uma vez colocamos fogo na palha seca da bananeira e quase incendiamos todo terreiro. Outra vez, caí dentro do poço de peixe e se não fosse tio Quinquim que tivesse me puxado pelos cabelos, nem sei o que seria de mim!


Mas uma imagem inesquecível que não sai da minha lembrança foi quando tio Dande e tio Nilton nos presentearam com um mini caramanchão que eles deram o nome de “Cabana da Criança”. Eles pintaram com cal e fizeram até jardim. Nós brincávamos de piquenique e de escolinha na tal cabana. Era só pisarmos no quintal da casa de vó que a imaginação ocupava rapidamente o lugar da realidade.


Quantas gangorras fizemos no pé de goiaba, que por sinal, vive até hoje. Já não tem tantas goiabas como antes, mas ainda restam algumas poucas, com brocas.


Ai, que saudades da minha infância, quando juntávamos todos os primos e ajudávamos tio Nilton a construir o Judas para ser queimado no Sábado de Aleluia. Ou quando brincávamos de chicotinho queimado e aí todos iam para a brincadeira: primos, tios, tias, pai, mãe e só parávamos quando vó Lilia gritava lá da porta da cozinha: “A primeira remessa de biscoito de polvilho frito ta pronta, vai chamar seu avó na Fataria!” Fataria era como chamávamos a Alfaiataria de vô Amir. Como é bom lembrar do gosto do biscoito frito de vó. E a turma toda enchia a pança, voltava a brincar e só éramos interrompidos nos intervalos das remessas de biscoito frito.


Ai que saudades das épocas de férias, em que mal o dia amanhecia e já estávamos transformando o quintal de vó em parque de diversões.


Perdi as contas de quantas amarelinhas eu pulei, de quantos piques eu contei e de quantas vezes eu sonhei lembrando-me da minha eterna infância no quintal da casa de vó!



Sheila Souza Vieira

6 comentários:

  1. Sheila, como seu Pai tenho de ser o primeiro a fazer um comentário e mesmo que as memórias não tivessem sido tão bem relatadas, pode estar certa que mesmo assim iria receber meu elogio.Saiba que, quem não tem saudades da infancia, é porque não tem historia.Parabens.

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  2. Sheila minha neguinha ; você é a pessoa mais saudosista que conheço, como era seu avô Amir.
    Fico aqui imaginando outras histórias que virão.
    Parabéns à mais nova escritora.
    Beijos. Mamãe.

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  3. Ai que lindo! Obrigada papai! Obrigada mamãe! Só tenho histórias pra contar assim porque fui e sou uma pessoa muito feliz! Beijos!

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  4. BOM DIA SHEILA VIEIRA, PARABÉNS PELAS HISTÓRIAS, MAS ME DEU UMA SAUDADE DO SEU TIO NEWTON, ESTUDEI COM ELE BOA PARTE DA MINHA JUVENTUDE, JA NADEI NA ENCHORRADA MUITAS VEZES COM ELE,ME LEMBRO ATÉ HOJE DO NEWTON CORRENDO ATRÁS DO LIXA NA SALA, E LIXA COM AQUELAS PERNONAS PULANDO AS CADEIRAS,Õ SAUDADE, TUDO DE BOM SHEILA E CONTINUE COM ESTA RIQUEZA TEXTOS, TA IGUAL AO ZÓZIMO DRUMONDE E O VIDRILHO

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  5. VC ERA BEM RUIM HEM SHEILA, SÓ FALTOU MATAR ANDORINHA E GARRINCHA, COITADO DO SEU AVÔ AMIR

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  6. este ano vamos atualizar esta foto da copa do mundo. beijos. mamãe.

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