Família Souza

Família Souza
Nosso símbolo de infância

sexta-feira, 8 de maio de 2009

O espinho que anda

Quando eu tinha uns 8 para 9 anos existia na casa da minha avó um pé de “espinho que anda”. Não sei explicar até hoje o que era aquilo. Acho que era um animal, mas muito esquisito e que se semelhava ao espinho de uma roseira e doía tão quão o mesmo.

Ele vivia perto do pé de condensa que era na subida do caminho da vovó – como era o nome que minha avó deu para a estradinha que levava aos pés de manga.

Certa vez, América, uma cachorra que tio Quinquim tinha, criou um monte de cachorrinhos. O mais bonitinho era um cinza com olhos azuis que eu dizia que era meu e vivia carregando, mas sua casinha era bem embaixo do pé de condensa.

E aí, toda vez que eu ia “lamber minha cria”, lá estava o tal “espinho que anda” bem embaixo do meu pé. E aí, toda brincadeira ia por água abaixo!

Não teve um neto de vó, que não tivesse sido fisgado pelo “espinho que anda”.
Cada dia era um e era a maior choradeira. Meu irmão coitado, nessa época com mais ou menos 3 anos, vivia pisando em um. Era só chegar à casa de vó que já ia logo se machucando. Como era azarado!

Não lembro como apareceu, nem lembro quando sumiu. Sei que até hoje pesquiso sobre esse tal “espinho que anda” e mesmo com todo conhecimento que tenho da Biologia, ainda desconheço essa espécie.

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